Filme - A Suprema Felicidade

segunda-feira, 1 de novembro de 2010 1 comentários

Feriado com sol pede o quê? Praia! E sim, eu fui!

E quando tem eleição e o tempo vira? Cinema! Também fui!

Me recuso a comentar sobre a eleição, daqui há 4 anos voltamos nesse assunto.

Nesse caso, quero comentar minhas impressões sobre o filme.

Gente, sério, o que é esse filme? Gosto muito de cinema, mas não tenho toda experiência (e memória filmística) necessária para me considerar uma cinéfila. Logo, do alto da minha ignorância me atrevo a dizer que achei o Arnaldo Jabor com uma pegada meio Nelson Rodrigues, que eu gosto muito diga-se de passagem. Para o elenco eu tiro meu chapéu para o incrível Marco Nanini. Rouba a cena! Inclusive as que ele não está, porque você fica na ansiedade de vê-lo novamente.

Bom, o filme conta a história de Paulo, entre infância e adolescência, nas décadas de 40 e 50 no Rio de Janeiro. O pai um piloto da FAB e a mãe, uma deslumbrada pela vida de artista, mas que acaba se casando e sendo totalmente podada pelo machismo do marido. Paulo vê no avô um amigo muito querido com quem compartilha seus momentos de conversas inesquecíveis e que é quem o inicia na vida boêmia.

Sua vida tem todos os personagens típicos da época: o pipoqueiro que vive contando faças sexuais mesmo sendo casado em Madureira (afinal, segundo ele, boi preso também pasta), uma turma briguenta, um colégio de padres e um melhor amigo com quem divide as aventuras.

Mas as experiências desse jovem é que são intrigantes. Sua primeira paixão é uma garota que conversa com o espírito da mãe morta, a segunda paixão é uma garota que a mãe cobra dos homens para quem eles a vejam nua (só ver, não pode tocar porque "virgindade vale ouro"). Mas para mim a melhor cena é a do carnaval daquela época. Tão lindo que prefiro não comentar e deixar que assistam e sintam.

O filme é repleto de bebedeira e prostituição. Incluindo a morte de uma dessas profissionais da noite. O que me faz repensar o quão opressor era o clima da época. O que é felicidade? Você está feliz ou é feliz? Você é feliz com momentos tristes? Ou é triste com momentos felizes? Ou nenhum dos dois porque felicidade e tristeza são estados passageiros. E o amor? Qual a importância que tem o primeiro amor? E todos os outros? Só amamos de verdade uma vez? Família. Profissão. Relações interpessoais. Sim, saí do cinema pensando em todas essas questões ao mesmo tempo.

Mas uma coisa é fato: você sai do cinema com uma nostalgia latente. Mesmo para quem nasceu 40 anos depois, como eu. Uma angústia, uma saudade, daquilo que não viveu. E a frase martelando na cabeça: a vida gosta de quem gosta dela.

1 comentários:

  • Verdelone disse...

    Oi Vizinha...
    Não fui com a cara desse filme...
    Mas agora você falando até pode ser bom...rss
    Vamos ver se a gente assiste...
    Abçs
    CIA DOS BOTECOS - www.ciadosbotecos.blogspot.com

 

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