Provavelmente muitas pessoas já ouviram falar de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), e algumas até devem fazer piadas entre amigos sobre o assunto. Mas certamente a maioria não conhece o assunto. Por isso resolvi eclarecer um pouco esse assunto tão polêmico.
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um nome que utilizamos para um conjunto de sintomas apresentado por algumas pessoas. Utilizamos esse nome de acordo com certos critérios diagnósticos (presença de obsessões / compulsões), e isso é importante para que todos possam falar a mesma língua quando se referem a esse transtorno.
Então, antes de mais nada é importante saber: o que são compulsões?
- Pensamentos desagradáveis, repetitivos e que geram sofrimento.
- Quanto maior o esforço pra afastar a idéia mais repetitiva ela se torna.
- Nem todo pensamento repetitivo é obsessivo, somente os de conteúdo ruim ou neutro (ex. trecho de música), que pela repetição se torna aversivo, causam um desconforto relevante.
- É como se os perigos do mundo (que de fato existem, ninguém nega), se tornassem o tempo todo muito presentes e muito mais prováveis de ocorrerem.
- O que costuma diferenciar pessoas com TOC é que os obsessivos tem consciência de que suas preocupações são exageradas, mas mesmo assim não conseguem se livrar delas.
- As obsessões podem incluir sintomas físicos como: tremedeira, suor, náusea, etc.
- As superstições são valores culturais, de caráter social, sem nenhum significado doentio. Evitar passar em baixo de escadas, quebrar espelhos, deixar sapato virado, cruzar com gato preto ou bater 3 vezes na madeira são atitudes quase universais, que não tomam tempo, nem envolvem angústias ou limitações maiores. No TOC, pelo contrário, as superstições que fazem parte das crenças normais da sociedade passam a ter um caráter muito individual e particular, tornando-se extremamente angustiante e imperativas.
- Comportamentos que aliviam por um curto período de tempo, sensações desagradáveis.
- Afeta de 2 a 3 pessoas em cada 100.
- Não nos deparamos tanto com os portadores porque eles tendem a esconder o quanto podem.
- Alguns sinais suspeitos: prejuízo no rendimento escolar; repetição de perguntas desnecessárias; atrasos constantes; demora excessiva em tarefas rotineiras; longa permanência no banheiro; etc.
- A confirmação do diagnóstico deve ser feita por um profissional.
Hábitos não devem ser confundidos com sintomas. Assim, existem pessoas que são mais exigentes com organização e limpeza, por exemplo, o que não significa que tenham TOC. Só podemos falar em sintomas e doença quando houver improdutividade, sofrimento e limitações; quando o indivíduo estiver como que escravizado pelos sintomas, tendo perdido sua liberdade de escolha.
Quando começam os sintomas e como se manifestam?
- Em geral, na adolescência ou até os 30 anos;
- 20% na infância;
- A instalação dos sintomas costuma ser gradual;
- Não existe diferença na distribuição por sexo na idade adulta.
- Poucas variações em diferentes países e culturas.
- Tratamento multimodal que inclui medicação, terapia e educação e apoio familiar é o melhor
- Apenas a medicação raramente é eficaz.
- Os efeitos colaterais dos medicamentos variam de acordo com cada organismo.
- Os medicamentos não causam dependência.
Gostaram desse post? Querem saber mais sobre o assunto ou outro tema parecido?
3 comentários:
Muito bom o artigo Tha! O tema é muito interessante!
Parabéns
http://the-work-outfit.blogspot.com/
Acho bem interessante abordar temas como esse, ainda da mais de forma explicativa. Prarabéns!
Bjos,
http://meuarmariodeideias.blogspot.com/
Muito bom! Esse problema é super sério!
Bjs, Tati
http://loveshoesblog.wordpress.com/
@loveshoesblog
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